S. Francisco Xavier, Luiza Andaluz, Carlo Acutis e Chiara Corbella Petrillo são os patronos que vão guiar a nossa Pastoral Juvenil até à Jornada Mundial da Juventude #Lisboa2023. Neste artigo, vais poder ler as suas histórias e porque foram escolhidos para ser uma inspiração para os jovens da nossa Diocese neste caminho até 2023!
S. Francisco Xavier
S. Francisco Xavier é, talvez, o nome que melhor conheces. A sua história acompanha a história da Igreja há séculos, tendo nascido em 1506 quando Navarra ainda era um reino e não parte de um país. Francisco Xavier foi um missionário católico, tendo feito maioria das suas missões na Índia e no Japão. Com Santo Inácio de Loyola, foi um dos fundadores da Companhia de Jesus, ou, como deves ouvir mais vezes, da congregação dos jesuítas. A Igreja reconhece que foi responsável pela conversão de mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro missionário desde de S. Paulo, tendo, por isso, recebido o epíteto de “Apóstolo do Oriente”.
A 25 de outubro de 1619, foi beatificado pelo Papa Paulo V. Viria a ser canonizado a 12 de março de 1622, pelo Papa Gregório XV, ao mesmo tempo que Santo Inácio de Loyola. Em 1927, o Papa Pio XI, proclamou-o padroeiro universal das missões, com Santa Teresinha do Menino Jesus, sendo o 3 de dezembro o seu dia festivo.
S. Francisco Xavier foi escolhido para ser um do patronos da nossa diocese pela sua vida dedicada à missão. Tal como S. Francisco Xavier, neste caminho até 2023, também os jovens da nossa diocese se dispõem à missão de servir e evangelizar, sem sequer terem que sair das suas paróquias.
Luíza Andaluz
Luíza Andaluz nasceu em 1877 em Marvila, quando Santarém ainda nem era Diocese. Filha do Visconde de Andaluz, dedicou a sua juventude ao trabalho social, nomeadamente com a congregação das Irmãs Capuchas.
Em 1881, o Cardeal D. José Neto, entrega a Luiza Andaluz a sua primeira missão, de ajudar as irmãs Capuchas numa escola para a instrução das crianças de rua. Aos 18 anos, tornou-se professora e aos 24 assumiu a direção da escola, devido à expulsão das Irmãs Capuchas em 1910. Luiza adquire o Convento que lhes pertencia, ficando para o acolhimento de crianças órfãs, devido a um surto pneumónico. Em 1925, é criado o Instituto de Nossa Senhora dos Inocentes, hoje Fundação Luiza Andaluz.
Aos 38 anos, descobre a vocação à vida consagrada e entra na Ordem do Carmo. No entanto, decide fundar a Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima em Santarém, que é aprovada em 1939. No momento da sua morte, existiam 30 comunidades da ordem em Portugal e Moçambique. Hoje, existem 24 comunidades espalhadas pela Europa, América Latina e África.
Em 2017, o Papa Francisco reconheceu as virtudes de Luiza Andaluz e tornou-a venerável da Igreja. A ligação à nossa diocese parece razão óbvia para que Luiza Andaluz seja patrona dos jovens de Santarém. Mas também a sua vida de entrega ao serviço aos mais necessitados serve de inspiração e encorajamento aos jovens.
Carlo Acutis
Carlo Acutis nasceu em Londres, em 1991, tendo voltado anos mais tarde para Milão, a cidade de onde era a sua família. Na infância, gostava de brincar com um velho computador e já tinha interesse em visitar as igrejas da cidade, apesar de os pais serem agnósticos. Vai-se interessando pela vida religiosa, participando na missa, no terço e sendo voluntário em atividades com os mais pobres. Une o gosto pela tecnologia para organizar atividades religiosas através da Internet, como uma exposição dedicada à Eucaristia, que deu ao volta ao mundo, tendo sido hospedada em 10 mil igrejas.
Os pais, que acabariam por se converter pela sua fé, reconhecem que Carlo terá sido inspirado por uma ama católica, devota de S. João Paulo II. Carlo tinha na Eucaristia e em Nossa Senhora os grandes pilares da sua fé. Quando visitou Portugal, esteve no Santuário de Fátima, mas também no Santuário do Santíssimo Milagre em Santarém.
Aos 15 anos, Carlo faleceu, devido a uma leucemia. Quando estava internado, oferecia todo o sofrimento a Deus, pedindo pelo Papa e pela Igreja e para não ir ao purgatório, mas direto ao Céu. Apesar da sua curta vida, a forma como a viveu tem inspirado jovens por todo o mundo. Em 2020, foi beatificado pelo Papa Francisco, que o identificou como um exemplo de “santidade da porta ao lado”.
Carlo, que pode vir a ser o padroeiro da Internet, foi escolhido para nosso patrono pela semelhança de vida à dos jovens. Um jovem como cada um de nós, que ama a Deus e que gosta da vida. Que a sua vida sirva de inspiração, para que usamos a tecnologia que tanto faz parte do nosso dia para anunciar Deus.
Chiara Corbella Petrillo
Chiara nasceu numa família católica e integrava o movimento do Renovamento Carismático Católico. No verão de 2002, conheceu Enrico Petrillo numa peregrinação ao santuário bósnio de Medjugorje. Após seis anos de namoro, marcado pelo medo de uma entrega total um ao outro, sem máscaras ou defesas, Chiara e Enrico descobrem a sua vocação matrimonial. Foi num tempo de espera orante que Chiara aprendeu a confiar em Deus e percebeu que, se o namoro era uma porta aberta por Deus, ninguém a podia fechar. Juntos, acabam por reconhecer o matrimónio como “um caminho para chegarem ao céu”.
Na primeira gravidez, o casal descobre que a criança sofria de anencefalia, uma malformação no cérebro, mas decide levar a gravidez até ao fim. A 10 de junho de 2009, nasce Maria Grazia Letizia, que viveu apenas meia hora, o tempo para ser batizada. Uns meses depois, o casal vive uma nova gravidez, mas de novo os exames revelam uma malformação, desta vez na bacia, com ausência dos membros inferiores. A 24 de junho de 2010, nasce Davide Giovanni, que morre após o parto.
É durante a terceira gravidez que Chiara descobre que tem um carcinoma na língua, mas resolve adiar os tratamentos para não prejudicar o desenvolvimento da criança. Francesco nasce a 30 de maio de 2011 e Chiara acaba por falecer a 13 de junho de 2012, no dia de Santo António.
Em 2018, o Papa Francisco reconheceu Chiara como Serva de Deus, porque, apesar das dificuldades, viveu uma vida serena e feliz, apaixonada pela vida e confiante em Deus. A alegria cristã que marca a vida de Chiara ao longo deste trajeto é não só surpreendente como é contagiante diante de quantos a conheceram. Na carta que deixa ao filho Francesco no seu primeiro aniversário, Chiara escreve: “O Amor é o centro de nossa vida, porque nascemos de um ato de amor, vivemos para amar e morremos para conhecer o amor verdadeiro de Deus”.
São estes os patronos que vão guiar o nosso caminho até 2023. Que as suas vidas nos sirvam de inspiração e nos ajudem a construir o caminho de santidade. Reza-lhes, aprende a sua história e deixa-te inspirar por S. Francisco Xavier, por Luiza Andaluz, por Carlo Acutis e por Chiara Corbella Petrillo.