Está em cena no D. Maria um espetáculo sobre um monge português que representa a sua fé em pleno palco.
“Movimento em direção aos outros.
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O assunto central da vida de Daniel Faria foi a partilha. A partilha da palavra, da amizade, da poesia e da fé. Mas também a partilha do teatro, onde encontrou uma linguagem única. Daniel escolheu ter uma vida apagada, mas a sua obra inteira é uma resposta à palavra de Deus, afirmou um companheiro do mosteiro de Singeverga. Não imaginas como brilhava quando atuava. Quando saia para a cena, transformava-se, disse ainda alguém. Nele, existia a necessidade de representar. E é a partir da representação que se entende a fé. Se ela está em algum lugar, está no rito e não na doutrina. A fé é uma forma de fazer e atuar, uma presença, uma atitude. Assim aparece este espetáculo onde os corpos se tornam o arquivo e a memória de gestos de fé, de diferentes formas de dançar, de diferentes formas de perguntar: aceitarás ser tocado? A vida apagada de Daniel Faria, acende-se.
Estúdio Poético
Ciclo composto por três espetáculos na Sala Estúdio do D. Maria II, inspirados ou a partir das obras de três poetas portugueses: Daniel Faria, Luís de Camões e Miguel-Manso.”
(texto retirado do site oficial do teatro nacional)
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