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Taizé 2017: Juntos, abrir caminhos de esperança

Posted on 28 de Fevereiro de 2017

No início de setembro de 2016, uma etapa da Peregrinação de Confiança reuniu 7500 jovens africanos em Cotonou, no Benim. O tema deste encontro inspirar-nos-á durante o ano de 2017: juntos – não isoladamente, mas sustentados uns pelos outros – abrir caminhos de esperança, em nós mesmos, em nosso redor e para a família humana.

De forma a continuar a reflexão do encontro de Cotonou, em Taizé e noutros locais, eis quatro propostas que nos conduzirão a abrir caminhos de esperança.

Procuremos formas de concretizar estas propostas na simplicidade, uma das três realidades – juntamente com a alegria e a misericórdia – que o irmão Roger quis colocar no coração da vida da Comunidade de Taizé.

Primeira proposta: Permanecer firmes na esperança; ela é criativa

Foi com uma esperança, para além do que se podia esperar, que Abraão acreditou e assim se tornou pai de muitos povos. (Romanos 4,18)
Nessa esperança temos como que uma âncora segura e firme da alma. (Hebreus 6,19)
Quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele. (Lucas 18,17)

Na instabilidade do mundo de hoje, ficamos perturbados com a violência, o sofrimento, as injustiças. Toda a criação geme, como se atravessasse as dores de um parto. O Espírito Santo geme também, mas é o suporte da nossa esperança. (Ver Romanos 8,22.26). Então, o que podemos fazer?

A fé é uma simples confiança em Deus. Não nos oferece respostas completas, mas impede-nos de ficar paralisados pelo medo ou pelo desalento. Compromete-nos, impele-nos a seguir caminho. Através dela, compreendemos que o Evangelho alarga um horizonte de esperança para além de toda a esperança.

Esta esperança não é um optimismo fácil que fecha os olhos à realidade, mas sim uma âncora fixa em Deus. É criativa. Há sinais dela que já estão gravados nos locais mais inesperados da Terra.

  • Será que nos atrevemos a acreditar na presença do Espírito Santo nos nossos corações e no mundo? Conseguimos apoiar-nos nele, apesar de ser invisível aos olhos?
  • Que a nossa fé permaneça simples à imagem da confiança das crianças! Não se trata de reduzir o seu conteúdo, mas de nos agarrarmos ao que é central: o amor de Deus pela humanidade e por toda a criação. A Bíblia conta a história desse amor, desde o seu frescor inicial aos obstáculos e, até, às infidelidades humanas. Deus não se cansa de amar: que esta mensagem nos mantenha na esperança!
  • Para absorvermos mais esta mensagem, nós e aqueles que nos são próximos, encontremo-nos mais frequentemente na oração comunitária. Que a sua beleza simples torne perceptível o reflexo do mistério divino e conduza a um encontro pessoal com Deus.

Segunda proposta: simplificar as nossas vidas para partilhar

Jesus diz: «Eu sou manso e humilde de coração.» (Mateus 11,29)
Recebestes de graça, dai de graça. (Mateus 10,8)
Jesus disse a um jovem rico: «Vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres… Depois, vem e segue-me.» (Mateus 19,21)

A corrida pelo dinheiro, pelo sucesso, a avareza, levam a injustiças e, igualmente, a frustrações. Desenvolver um espírito de partilha, como convida o Evangelho, é um caminho de esperança que precisamos hoje de abrir.

Escolher uma vida de simplicidade é fonte de liberdade e de alegria. A vida torna-se mais leve.

A simplicidade é transparência de coração. Sem ser ingénua, recusa a desconfiança. É o oposto da duplicidade. Permite dialogar sem medo com todos os que encontramos. A vida de Jesus é um exemplo.

  • A nível material, procuremos uma simplificação contínua, que nos inspirará gestos de partilha perante o sofrimento humano, a humilhação da pobreza, as injustiças, as provações dos migrantes, os conflitos através do mundo…
  • Apoiemo-nos mutuamente para suscitar com coragem sinais de esperança nos nossos bairros, onde trabalhamos ou estudamos, num compromisso social ou ambiental…
  • Procuremos, através de um estilo de vida simples e sóbrio, estar em maior harmonia com a criação, contribuindo, assim, para a luta contra os desastres ecológicos e o aquecimento climático. Este combate não compete apenas aos governos. Todos podem, por exemplo, consumir mais produtos locais ou utilizar sobretudo transportes públicos…
  • Deixemo-nos tocar por esta interrogação: estarei disposto a seguir Cristo, manso e humilde de coração, escolhendo pertencer-lhe na simplicidade de um sim, em espírito de gratuitidade?

Terceira proposta: Estar juntos para que se revele a dinâmica do Evangelho

Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. (Actos 2,46)
Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo. (1 Coríntios 12,4-5)
Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos. (Hebreus 13,2)

A Bíblia conta como dois homens verdadeiramente opostos, Pedro e Cornélio, descobriram uma verdade desconhecida um do outro quando se encontraram. Foi necessário que estivessem juntos para compreenderem que o Espírito Santo faz cair barreiras e reúne os que pensavam ser estranhos um para o outro. A dinâmica do Evangelho revela-se apenas quando estamos juntos. (Ler os capítulos 10 e 11 dos Actos dos Apóstolos.)

Quando os cristãos estão divididos, em confissões ou no interior de uma mesma Igreja, a mensagem do Evangelho é obscurecida. Seremos capazes de caminhar juntos sem permitir que as nossas diferenças nos separem? Se, como cristãos, soubermos mostrar que a unidade na nossa diversidade é possível, ajudaremos toda a humanidade a ser uma família mais unida.

  • Cristo reúne numa única comunidade homens e mulheres, crianças e idosos, de todos os horizontes, línguas e culturas e, até, de nações que a história opôs. Procuremos dar sinais simples desta realidade onde vivemos.
  • Para ser viva, toda a comunidade é chamada a descentrar-se de si mesma. Será que podemos desenvolver uma atitude de hospitalidade, à imagem de Deus, para com os cristãos que têm posições muito diferentes das nossas? Esta abertura de coração implica um esforço de «tradução», pois as diferentes crenças e convicções podem ser como línguas estrangeiras uns para com os outros.
  • Se, entre cristãos separados, perdura a memória de intolerâncias recíprocas na História e todos os nós não podem ser desfeitos, tenhamos a coragem de acolher, ainda assim, através do perdão, e sem procurar saber quem estava errado ou quem tinha razão. Não há reconciliação sem sacrifício.
  • A hospitalidade anda de mãos dadas com o reconhecimento do outro na sua individualidade. Quando as suas crenças permanecem incompreensíveis para nós, estejamos, pelo menos, atentos à sua autenticidade. Que haja um elemento festivo na descoberta do outro!

Quarta proposta:Fazer crescer a fraternidade para preparar a paz

Jesus não se envergonha de chamar irmãos aos homens. (Hebreus 2,11)
Jesus disse: «Um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis ’Pai’, porque um só é o vosso ’Pai’: aquele que está no Céu.» (Mateus 23,8-9) Disse também: «Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.» (Mateus 12,50)
Jesus disse: «Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus.» (Lucas 13,29)

Contribuir para a paz, para a justiça internacional, é outro caminho de esperança que podemos abrir hoje.
A paz na Terra inicia-se no coração de cada um. É em primeiro lugar o nosso coração que precisa de ser mudado, e esta mudança supõe uma conversão muito simples: deixar-se habitar pelo Espírito de Deus, acolher uma paz que se alargará e se comunicará de pessoa em pessoa. «Encontra a paz interior e milhares ao teu redor serão salvos.» (Serafim de Sarov, monge russo, 1759-1833)
  • Escrevamos com as nossas vidas novas páginas de uma fraternidade simples, que ultrapassa divisões e muros: muros físicos, edificados em diversas regiões do mundo, muros de ignorância, de preconceitos, de ideologias. Abramo-nos a outras culturas e mentalidades.
  • Não permitamos que se instale no nosso coração a rejeição do estrangeiro, pois a recusa do outro é semente da barbárie. Em vez de olhar para o estrangeiro como uma ameaça ao nosso nível de vida ou à nossa cultura, acolhamo-lo como membro da família humana. Visitemos refugiados. Com o simples intuito de os conhecer, de escutar a sua história. E – quem sabe? – outros passos de solidariedade se seguirão.
  • Partamos ao encontro dos que são diferentes de nós. Partilhemos com os que pensam de forma diferente, num diálogo em que se escuta verdadeiramente, em que se evita a oposição mesmo antes de compreender o outro. Saibamos estar onde existem divisões. Construamos pontes. Rezemos por aqueles que não compreendemos e que não nos compreendem.
  • Multipliquemos os sinais de fraternidade para além da fronteira das religiões. Encontrar crentes de outras religiões incita-nos a aprofundar o conhecimento da nossa própria fé, questionando-nos sobre o que Deus nos quer dizer e dar através dos nossos irmãos e irmãs tão diferentes.

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