O Museu Diocesano de Santarém continua a propor-nos exposições interessantes e formas de aprofundar o nosso conhecimento. Desta vez propõe-nos uma exposição sobre Frei Gil de Santarém.
Abaixo encontra-se o texto retirado da página do Museu Diocesano
“Depois de duas semanas de interrupção, a Exposição São Frei Gil de Santarém (1265-2015) volta a estar patente ao público, até 26 de setembro de 2016.
Uma vez que no presente ano se celebram os 800 anos da fundação da Ordem Dominicana, e ao ser recentemente anunciada a canonização de Frei Bartolomeu dos Mártires, dominicano português, entendeu-se a profunda pertinência no prolongamento deste momento expositivo.
Esta exposição, programada no âmbito das Comemorações dos 750 anos da morte de São Frei Gil, apresenta um conjunto de peças de diferentes proveniências, com o objetivo principal de dar a conhecer a vida desta personagem medieval, que nasceu em Vouzela, estudou em Coimbra, e se formou em medicina em Paris, logo após alguns anos em Toledo, principal centro das ciências medievais entre os século X e XIII.
Depois de uma passagem por Palência, onde terá recebido o hábito dominicano, Gil regressa a Portugal, e há-de escolher Santarém, e o novo convento que ali se edificava, como a sua nova casa.
Eleito 2.º Prior Provincial da Hispânia, a sua fama de santidade tornou-o figura marcante para a Ordem fundada por São Domingos de Gusmão.
As vicissitudes da História nacional, e em particular de Santarém, dispensaram a presença da Casa onde foi sepultado, demolindo quase por completo toda a estrutura edificada.
Face a tal circunstância, permitiu manter vivo o culto a São Frei Gil, oficializado pelo Papa Bento XIV em 1748, um manifesto interesse académico nacional e internacional no estudo desta figura medieval, a hagiografia, as biografias de vários autores, como Frei Baltazar de São João, André de Resende, Frei Luís de Sousa, e até Almeida Garrett e Eça de Queirós.
A par disso, um conjunto de iconografia, de relicários e elementos do seu túmulo, bem como a memória do Convento de São Domingos de Santarém, podem sustentar, ainda hoje, a divulgação desta figura tão cara à Diocese de Viseu e a Vouzela, sua terra natal, à Diocese de Santarém, seu território de adoção, e à Ordem dos Pregadores, em plena Comemoração Jubilar dos 800 anos de existência.”