“Temos tantas riquezas para pôr em comum, mesmo que não nos pareça! Temos sensibilidades a aperfeiçoar, conhecimentos a adquirir para podermos ajudar concretamente, para encontrar o modo de viver a fraternidade. Temos afeto no coração para dar, cordialidade para exprimir, alegria para transmitir. Temos tempo para pôr à disposição, orações, riquezas interiores para pôr em comum pessoalmente ou por escrito. Mas temos também, às vezes, coisas: carteiras, canetas, livros, dinheiro, casas, automóveis para pôr à disposição… Provavelmente acumulamos muitas coisas, pensando que um dia nos vão ser úteis e, no entanto, ali ao lado, há quem precise delas urgentemente.
Assim como as plantas absorvem do solo apenas a água que lhes é necessária, também nós procuremos ter apenas aquilo de que precisamos. É preferível que, de vez em quando, verifiquemos que nos falta qualquer coisa. É melhor sermos um pouco pobres do que um pouco ricos.
Experimentemos, comecemos a viver assim. É claro que Jesus não deixará de nos fazer chegar o cêntuplo. Teremos então a possibilidade de continuar a dar. No final, ele vai dizer-nos que tudo o que tivermos dado, seja a quem for, foi a Ele que o demos.”
Chiara Lubich, Publicado em Città Nuova 2003/22, p. 7.