A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, a decorrer de 18 a 25 de janeiro, tem este ano como tema “Vimos a sua estrela no Oriente e viemos prestar-lhe homenagem”, numa evocação à experiência dos Reis Magos”,
“A estrela de Belém é um sinal de que Deus caminha com seu povo, sente suas dores, escuta seus gritos e lhes demonstra compaixão”, explicou o Conselho das Igrejas do Oriente Médio, com sede em Beirute, Líbano, responsável pela proposta deste ano.
Os materiais para viver esta semana podem ser encontrados e descarregados no site do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, da Santa Sé.
“Mais do que nunca, nestes tempos difíceis, precisamos de uma luz que brilhe na escuridão e essa luz, proclamam os cristãos, foi manifestada em Jesus Cristo”, explicam os responsáveis pela produção dos materiais, que lembram que na sua região os direitos humanos são frequentemente pisados por “injustos interesses políticos e económicos”, para além de enfrentarem a crise de saúde internacional e ainda viverem as “consequências humanas e materiais” da explosão no Porto de Beirute, a 4 de agosto de 2020.
A celebração que encerra a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos vai ser celebrada pelo Papa Francisco, numa celebração das Vésperas, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, no dia em que se assinala a conversão do apóstolo S. Paulo.
O ‘oitavário pela unidade da Igreja’, como outrora era conhecido, começou a ser celebrado em 1908, por iniciativa do norte-americano Paul Wattson, presbítero anglicano que mais tarde se converteu ao catolicismo.
As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).